estava atónita. Mais um que tivera a ousadia, talvez uma glaciar leveza de terminar tudo com ela, desta feita, usando somente três palavra numa mensagem, "que fiquemos bem".
Ela que, passara por três casamentos, ainda assim, nunca perdendo a esperança e crença que a falha não era singular. Que, recuperada de uma segunda tentativa travada por um filho de uma mãe sem pai, de nome câncer, conseguia já pentear os cabelos sozinha. Constatando com satisfação que se tornavam dia para dia novamente lustrosos. Já os olhos, esses, perderam a transparência de outros tempos.
Era a prova de que, não só caminhos se deparavam no percurso da vida em singela escolha se pela direita ou pela esquerda seguir, mas grandes muros se erguiam, dificultando a passagem em tropeço pelo avançar da idade.
Fodasse, estou com 59!
Gelou, entrou por minutos em pânico, aterrorizada pensou de imediato numa imensidão de plásticas, liftings, desintoxicação mental e curas corporais. Acabando por cair na lógica de mulher prática e... falida;
Que se foda!
2 comentários:
Por essas e outras, prefiro o número 2 -- quase como um cisne, a vogar num lago, já viste?
Boa noite, LL :)
Nada nunca será sempre. Talvez a ilusão de um sempre...
Mas apenas uma ilusão.
Um beijo grande em ti :)
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