Tinha uma capacidade conatural. Um olhar límpido, vítreo, luxuosamente bonito.
Os lábios, aveludados e cor de romã, eram tentação às palavras. A sua boca... abanava alheios quando sorria e quando falava. E como era belo o som da sua voz.
Graciosa. Cabia-lhe uma espirituosa alegria, como ao vestido de cetim azul que vestia, escorreito a um corpo esboçado.
Dela, inalava-se um aroma inexplicável, levava ao desejo iminente de a tocar e comer sem mastigar, engolir freneticamente e depois vomitar, num arrependimento de gula apressada.
Só beija-la, beijar o seu rosto acalmava as ávidas cobiças.
Dócil, misteriosa e serena.
Mimoseava ambições odiosas a quem era negado o seu desfrute. Provocava, queimando de fervor aos incapazes de a ter Cinderela.
Mas era Carmen,
chamavam-lhe Carmen.
5 comentários:
Independentemente do nome, parece causar furor :)
Carmen, seria então uma mulher intensa que se sentia por completo, de amar por completo e de ser por completo!;)
Bom fim de semana!:))
No Meu Quarto Andar Sem Cave , sim sem dúvida. É que há gente assim :)
Beijinho
Legionário, quase, dizem que quando ela assim o desejava.
;)
João P. , tal era discreta que nem eu cheguei a saber...
Obrigada pela visita
Enviar um comentário