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quarta-feira

oferecia-lhe lua

não era propriamente apreciadora, mas ela chupara-o. Um desvio ao comum costume. Desejava apreciava o momento como sendo infinito ou algo impossível, sagrado, mesmo divino, suspirou enquanto fantasiou a lambuzar-se de lua. 
Ele, pedira-lhe que aceitasse o seu astro perfeito, receptivo a um simples estimulo dela. Parecia não se querer esconder e deixava-se  assim apreciar luzidio numa cumplicidade a um único alcance.
Ela, sentiu-se capitã com capacidade pró mastro. Não vinha ninguém à margem para o impulso à primeira viagem. Salivou os lábios e entrou no sonho como um luar que entra pela noite sozinho.
Tentava pela primeira vez chegar a bom termo. Chupou-o até ao fim. Lembrou-se do que lera numa das páginas da revista abandonada na casa de banho do dentista. "Lua cheia, bom momento para resolver problemas de ordem sexual causadas pela monotonia. Confissão dos desejos secretos do seu par, desejo de novas aventuras.
Lua cheia, fase de traições."
Correu-lhe o ziper, encobriu o prazer que sentiu, subtil, limpou o excesso à manga da camisola de malha e guardou num dos bolsos das calças de ganga, o pauzinho.

2 comentários:

Morpheo disse...

Humm... qual era mesmo o sabor?

lugar lotado disse...

Com toda a certeza já o sentiste ao beijar a boca de alguém ;)
arrisco num sabor mesclado entre canela, 2 pingas de limão e uma folha de hortelã.

Beijo pop!