sentia-lhe a falta. Recordava-se daquela noite.
Como poderia algum dia esquecer. Eram amantes desconhecidos, pouco sabiam da vida de cada um e a bem da verdade o propósito também não o exigia.
Tudo acontecia numa cadência envolta em magia, ainda que, não existissem grandes preparativos e muito menos enredos finais. Não verbalizavam clichés amorosos, nem trocavam oferendas. Não enlaçavam corpos suados, não emanavam odores singulares e não lhes escorriam nem fluidos de mais nem de menos.
Ricardo. Dissera-lhe arfando ao ouvido; - Ricardo, chamo-me Ricardo. E Ricardo enchera-a por dentro, não só de seu líquido farto e fortemente leitoso, como a envolvia como mais ninguém sabia.
Confiavam na não exigência de
confidencias, um nome por si, era precioso. Convencera-se que seria um
pseudónimo, não desejava perder o tesão naquele momento em que sedenta se
realizava segundos depois dele.
Ainda arrepiada na cumplicidade única do sexo que partilhavam, vestira-se sem o olhar, como
quem teme um encontro com uns olhos de Ricardo.
O tempo fizera-se sentir, como a todas as coisas que coloram cada mosaico da vida. Sentada na poltrona marrom, sentia-lhe a falta.
Tanto tempo passara, pensou, seria de facto um Ricardo.
Ricardo, ...Ricardo quê?
6 comentários:
Eh lá...Obrigado, boazona. O convite diz que expira em 10/10, depois envias outro?
Kissitos!
:)))
O eterno problema de olhar nos olhos...... ;)
Tu és dos difíceis ;)
Não sei se será problema, talvez uma questão de atitude perante um problema, isso sim. ;)
Beijo Shiver
Como é privado, nunca aparece a actualização do teu espaço nos feeds....
Faz u tempito que não ando por aqui, mas como sempre o bom gosto nas imagens impera!
As palavras deste post fizeram-me para por aqui, revolveram-me a memória para algo lá atrás no passado....
:))
Beijocas branquinha :)
:) Obrigada Sil
Opá não sei porque razão não aparece nos feeds... Será que dá para contornar essa falha? :/
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