dois rostos descontrolados pela dor se esbarrarão contra uma parede velha. sem corrector de feridas graves, as rugas se acentuarão.
os olhos, que foram cortinas sadias e translúcidas, rasgarão ao simples sopro de um meigo vento.
as peles, embaçarão ao primeiro raio de luz.
os sorrisos, fugirão para outras caras onde encontrem por quem reine nova magia.
e as vozes? as vozes... correrão para junto das multidões que se manifestam em desagrado.
os pensamentos, refugiar-se-ão em cavernas nunca descobertas.
os sonhos, esses, fingem que nunca aconteceram.
desfeitos, propõem-se ao abandono dos seus relógios. deixando-os em repouso sobre a escrivaninha dos textos da fantasia e abandonarão a ideia de lhes voltar a dar corda.
por enquanto, entregam-se ao momento e deixam-se confundir num NÓS.
o que lhes corre nas veias, na cabeça, na pele, será livre, lá, no sítio do dia onde viverão o momento da vida que é o agora...
3 comentários:
"Ontem" passou e já não volta.
"Amanhã"? ... Não sei se existe.
Para mim só conta o "Agora", é onde vivo.
Agora beijo-te.
O amanhã não está escrito. Apenas o será no momento. E o momento será mesmo sempre o mais importante.
Beijos
Se depois de amanhã tudo falhar, resta voltar a tentar :)
beijos doces :)
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