era um suor diferente, um azedo provocado por uma adrenalina misturada a olhar de veneno, um igual a quem deitaria abaixo um passarinho indefeso. O que podia parecer ser com prazer, mas a miúda da fisga só se armava a forte.
Tão frágil, era dona de umas mãos cheias que por momentos se lhe apresentaram vazias. A vida, assim, apanhara-a num momento.
Depois parou, fechou-se para deixar de ser a manipuladora do tempo e conseguiu sorrir.
Desistiu da luta, um passado que lhe parecia mais convincente. Achou que se gostava e não se perdera, tinha pensamentos lúcidos e pareceu-lhe iluminar as ideias enquanto não chegava o amanhã.
Sacou o elástico da fisga, enrolou-o no braço. Um caldo quente apaziguou os fantasmas e a salvou de assassinar mais meia dúzia de pardais.
A noite chegou, depois das sombras partirem.
6 comentários:
E de noite tudo fica mais claro... basta querermos :)
Gosto de te ler,palavras que trazem imagens.
bjs
estas a ver o que te digo????
ler te é orgastico!!!!
(se foderes como escreves, o prémio Nobel da queca este ano vai para ti)
à noite deixa de existir sombras.
;)
Gosto de te ter aqui a meu lado.
Obrigada
isso agora são só suposições ;)
Obrigada meu querido Water e sê bem vindo a esta nova "sala"
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